quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dois presos, duas medidas




Caso 1

O dia 23 de setembro de 2005 marcou o dia em que os brasileiros descobriram que o campeonato brasileiro de futebol daquele ano entraria para a história por motivos pouco ortodoxos. No episódio que ficou conhecido como Máfia do Apito e que foi denunciado pela Revista Veja, o ex-árbitro do quadro da FIFA Edílson Pereira de Carvalho era acusado de envolvimento com empresários em apostas clandestinas em jogos por ele apitados. Outro árbitro, Paulo José Danelon, também era acusado, mas esse só havia apitado jogos da Série B do Brasileirão 2005.

Edílson combinava com apostadores a vitória do time A sobre o time B e, em campo, tratava de fazer com que esse resultado acontecesse. O juiz ladrão, réu confesso, admitiu que influiu no resultado de 4 partidas apenas, em troca de R$ 10 a R$ 15 mil por jogo, “somente para pagar dívidas”, como se o fato de estar endividado fosse atenuante ao fato de ser safado e de lhe faltar caráter. Não obstante, as onze partidas por ele apitadas foram anuladas pelo presidente do STJD, o botafoguense Luiz Zveiter, e tiveram que ser realizadas novamente. O juiz chegou a ser preso, mas foi liberado posteriormente. As partidas da Série B tiveram seus resultados de campo mantidos, em decisão absurdamente incoerente do STJD. Ao final do campeonato, o Corinthians seria o grande beneficiado pela nova realização das partidas, e seria campeão do torneio. Segue abaixo a relação dos clubes beneficiados e prejudicados com as mudanças:

Corinthians – ganhou 4 pontos e foi campeão; sem tais pontos teria sido vice, 1 ponto atrás do Inter.

Vasco – ganhou 1 ponto e entrou na Sulamericana na vaga que seria do Juventude, que por sua vez perdeu 2 pontos.

Paysandu, Fluminense e Brasiliense ganharam pontos (respectivamente 3, 1 e 1), Ponte Preta, Inter e Coritiba ficaram no zero a zero e Figueirense (-1), São Paulo (-2), Botafogo (-2), Juventude (-2), Santos (-3) e Cruzeiro (-5) perderam pontos. Mas, exceção aos já citados Inter e Juventude, nenhum destes teria se classificado para Libertadores ou Sulamericana e nem escapado do rebaixamento, como foi o caso de Coritiba, Paysandu e Brasiliense.

No dia 20 de agosto de 2009, MIL QUATROCENTOS E VINTE E SETE dias depois das denúncias virem à tona, os desembargadores Fernando Miranda, Francisco Menin e Cristiano Kuntz, do Tribunal de Justiça de São Paulo determinaram o arquivamento da ação que acusava os 7 pilantras envolvidos de estelionato e formação de quadrilha. No entender dos ilustríssimos desembargadores, cujos nomes devem ser anotados para o caso de se candidatarem a algum cargo público, ganhar dinheiro com apostas – atividade proibida pela lei brasileira - e a adulteração do resultado de um evento do interesse de uns 150 milhões de brasileiros NÃO CONSTITUEM CRIME ALGUM. Todos os acusados estão em liberdade.








Caso 2

Em 20 de julho de 2007, o New York Post noticiou que o FBI investigava o envolvimento de um árbitro da liga de basquete americana, a NBA, num esquema de apostas, atividade permitida pela lei americana. Vinte e seis dias depois, o ex-árbitro Tim Donaghy admitiu que influenciava a diferença de pontos entre os times nos jogos que apitava e que recebeu US$ 30 mil para passar informações sobre como iria apitar a dois amigos de faculdade. Sua prisão foi decretada, ele recebeu multa de US$ 500 mil, pagou fiança de US$ 250 mil e foi solto. Na ocasião Donaghy afirmou que era viciado em apostas, que havia se endividado no jogo e “tentou resolver a situação” dessa maneira.

Em junho de 2008 a NBA processou Donaghy requerendo a restituição de salários, benefícios e gastos como passagens de avião, refeições e até mesmo pares de tênis do período em que ele apitou.

No dia 29 de julho de 2008, Tim Donaghy foi condenado a 15 meses de prisão fechada mais 3 anos de regime domiciliar. A justiça americana, no entanto, determinou em 17 de junho de 2009 que o ex-juiz fosse conduzido a uma halfway house, espécie de prisão meia bomba onde alguns condenados passam por um período de ressocialização, podendo trabalhar mas devendo retornar à referida casa para dormir.

Contudo, ontem, 25 de agosto de 2009, Donaghy deveria estar no trabalho mas não foi encontrado. Como resultado, foi enjaulado novamente. Seus amigos de faculdade, também condenados, cumprem pena em regime fechado.

As conclusões eu deixo pra vocês. E viva a justiça do Brasil!

sábado, 22 de agosto de 2009

Dicas de viagem: Natal-RN


Depois de um breve período de ausência, aqui estou eu de volta. E dessa vez venho pra falar de tema ainda inédito neste blog, mas que estará por aqui com frequencia: viagens!

Sim, viagens são minha paixão. Vocês podem ver aqui ao lado, na descrição deste que vos escreve, que trabalho o ano inteiro só pra viajar nas férias. Aproveitando então o meu forçado período sabático resolvi dar uma viajadinha. E pra Natal parti. E aqui trago algumas dicas. Lamentavelmente o melhor de Natal - como o banho de mangueira e o doce de leite da Tia Ô ou a vista do apê da Dona Celeste, que retrato na foto que ilustra esse post - não poderão ser aproveitados pela maioria dos que me lêem. Mas estou certo que as boas que seguem aqui são de primeira qualidade e devem ser observadas por aqueles que pretendem passar uns dias na Cidade do Sol.

O codinome Cidade do Sol tem origem no fato de Natal ser a capital brasileira que mais dias de sol recebe durante o ano. Sol + temperaturas por volta dos 30º (mesmo no inverno) = praia. E aqui começa a nossa lista de indicações. Natal, a cidade em si, não tem muitas opções de praia. Ponta Negra é a melhor e é onde fica o Morro do Careca (esse da duna aí da foto, o principal cartão postal da cidade). Até o final da década de 90 era possível subir no morro e eu cheguei a subir uma vez, mas o movimento dos ecologistas conseguiu proibir a subida sob a alegação de que a movimentação das pessoas na encosta estava fazendo a duna diminuir. Negocie o preço da cadeira e da barraca de praia, peça uma cerveja e curta as águas quentes do litoral nordestino. Quem é da cidade grande logo vai perceber a a quantidade de gringos ao seu redor e pensar: talvez tenha alguns malandros na área querendo se aproveitar da "gringaiada". É isso mesmo! Atenção aos pedintes e cuidado com as bolsas. Mas não é nada pra ficar neurótico; eu mesmo nunca tive nenhum inconveniente com a malandragem em 30 anos de visitas constantes a Ponta Negra.

Recomendo a todos que aluguem um carro pra visitar as praias que ficam fora da, chamemos assim, região metropolitana. O amigo Nicéa aluga a preços camaradas se você disser que é amigo do Marquinho, primo do Israel (quem quiser o telefone é só me dizer). E é ridiculamente fácil andar em Natal. No litoral norte, minhas indicações são o mergulho nos parrachos de Maracajaú (a uma hora de carro) e as world-famous dunas de Genipabu, com seus passeios de buggy com emoção, com direito a esquibunda e aerobunda, que são imperdíveis. O preço é salgadinho (uns R$ 300 o passeio para 4 pessoas), mas vale a pena. Ainda por lá, dizem que tem um passeio de dromedário também, mas esse eu nunca fiz. No litoral sul, minhas indicações são Barra de Tabatinga, se tiver ventando pouco, e Pirangi, onde você pode ver o maior cajueiro do mundo, outro cartão postal tradicional. O cajueiro ocupa um quarteirão quase inteiro e não para de crescer. Perceba como o tráfego fica em uma pista apenas na estrada que o margeia. Outra praia campeã no caminho do litoral sul é a praia do Cotovelo, pouco badalada, mas onde o fim de tarde é imperdível. Um mergulho nas águas calmas desta praia, um caranguejo e uns drinques no restaurante Falésias esperando o por do sol valem o dia. Vale parar também, no caminho de Barra de Tabatinga, no Mirante dos Golfinhos, que não tem o mesmo charme do seu homônimo localizado na Pipa, mas que permite visualizar os simpáticos bichinhos nadando e divertindo sua plateia. Atenção: eles geralmente pintam por ali à tarde.

Com relação aos restaurantes, as dicas são muitas, e dependem do paladar de cada um. Vou tentar ser breve e eclético por aqui. No Alto de Ponta Negra há um quarteirão que lembra muito a Rua das Pedras de Búzios. São inúmeros bares, boates e restaurantes, um do lado do outro, e pode-se comer bem por lá. Mesmo aqueles que não são muito chegados à goma, como eu, irão curtir a tapioca de doce de leite com côco da Casa de Taipa. De altíssimo nível também é a pizza do Cipó Brasil, onde deve ser provada a original caipibanana, batida com leite condensado (peça uma só; é gostosa, mas enjoativa). Também é muito recomendado o Galo do Alto, onde come-se frutos do mar. E pra quem tá a fim da night forte, parece que no subsolo do castelo medieval onde funciona um albergue rola uma bombação. Mas essa eu nunca conferi.

Ainda falando em boa mesa, o Camarões Potiguar é hors concours. Eleito o melhor da cidade pela Veja, pode fechar o olho e escolher qualquer prato do cardápio que você vai comer bem. O prato serve 3 pessoas mole mole. À noite e nos fins de semana costuma ter fila. Há outro Camarões, quase em frente, também muito bom - e o cardápio é quase o mesmo. Ainda em Ponta Negra recomendo o Tábua de Carne pra comer uma boa carne de sol. Também é muito farto. E há um self service de altíssimo nível chamado Pinga Fogo. Não é muito barato pra um self service, mas o buffet japonês tem uma variedade de dar inveja em restaurantes japoneses do Rio. Pra fechar as dicas culinárias, há a churrascaria rodízio Sal e Brasa, uns 5 minutos de táxi mais afastada. A última dica fica mais distante, no bairro da Lagoa Nova, e chama-se Mangai. É um restaurante a quilo de comidas típicas nordestinas com mais de 50 opções, incluindo o popular Suvaco de Cobra. Não faço ideia do que seja isso, mas que tem lá, tem.

Bem, pessoal, vou ficando por aqui. Falei tanto dos restaurantes que deu fome! Mas enfim... minha indicação é que curtam Natal que é uma cidade bacana, com opções de entretenimento e que ainda não sofre das mazelas da cidades grandes. O rango é bom, as praias são ótimas e o povo muito hospitaleiro.

Abraços a todos!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Big Ben is back!



Agora é oficial. Hoje à tarde Joe Dumars convocou a imprensa em Auburn Hills para informar o que já se especulava há uma semana, pelo menos. Ben Wallace, o Big Ben, assinou contrato com o Detroit Pistons para mais uma jornada. Por política do time, os termos do contrato não foram revelados, mas dado que o Detroit está acima do salary cap, o acerto foi pelo US$ 1,3 milhão que a NBA determina como o veteran's minimum para alguém com o "tempo de serviço" de Wallace.

A notícia é boa porque o Detroit realmente precisava de mais um big man e com a grana disponível não dava pra trazer nenhum grande craque. Apesar dos 35 anos, Big Ben tem uma história em Detroit, é ótimo jogador de defesa - tetracampeão do prêmio de melhor defensor da liga - e seu senso de profissionalismo pode ser de grande valia num vestiário repleto de jovens como será o do Detroit, com Ben Gordon, Charlie Villanueva, Chris Wilcox, Austin Daye, Jonas Jerebko e DaJuan Summers, todos abaixo dos 26 anos de idade. Além disso, ele não está vindo pra ser titular, mas sim pra ser o 5º big man do elenco, atrás de Villanueva, Wilcox, Jason Maxiell e Kwame Brown.

Wallace, Tayshaun Prince e Rip Hamilton são os veteranos remanescentes do título de 2004 que devem conduzir a transição do Detroit. E quem sabe transformá-lo em candidato ao título novamente. Mas creio que isso só deva acontecer a partir de 2011. Pra este ano, 45 vitórias na regular season e uns playoffs bem disputaos, mesmo que com eliminação no primeiro round, já estariam de bom tamanho. Um draft acertado no ano que vem, uma mid-level exception bem gasta e pronto: we're back in business!

PS: De se registrar o bom humor de Wallace na entrevista para o pistons.com:
  • Reporter: What are the fans gonna say, they want the old Ben Wallace back.
  • Big Ben: I am the old Ben Wallace. They want the young Ben Wallace!

Toda burrice será castigada

Hoje tem Fla-Flu. O Clássico das Multidões, o mais famoso e charmoso do futebol brasileiro. O clássico que em 1963 foi visto por 194.603 espectadores, naquela que é e - devido a diminuição de tamanho dos estádios modernos - sempre será a maior audiência em partidas de futebol entre dois clubes da história. O clássico de logo mais, pela primeira vez em 97 anos, será válido por uma competição internacional, a Copa Sulamericana. Desnecessário dizer que o Fla-Flu é um clássico que nenhuma torcida quer perder, já que a rivalidade é muito grande entre os quase centenários arquirrivais.

Da parte tricolor, a Sulamericana é ainda a última chance de dar alguma dignidade a esta maldita temporada de 2009. A última taça possível de ser conquistada, já que as outras 3 disputadas nos escorreram ridiculamente pelas mãos. A hegemonia carioca foi-se embora num frango do Fernando Henrique (que surpresa, não?!) justamente num Fla-Flu, as esperanças na Copa do Brasil não duraram 16 minutos no jogo de volta contra o Curintia e o Brasileiro... bem, o Brasileiro vocês sabem. Além disso, a Confederação Sulamericana distribui cerca de US$ 100 mil por jogo disputado a cada equipe, premiação esta que vai subindo a cada fase de disputa e chega a US$ 1 milhão para o time campeão do certame.

Deveriam ser motivos suficientes para o Flu valorizar o clássico e a torcida tricolor comparecer em peso, certo? Errado! Nosso técnico (?) Renato, o Fanfarrão Gaúcho, tratou de esvaziar o clássico e as esperanças tricolores ao escalar o time reserva. Se o time titular do Flu é muito fraco, o reserva, pela escalação prevista nos jornais, não chega a ser um time, é um bando.

Mas por que Renato, o Paspalho Gaúcho, faz isso? Porque ele é incapaz de aprender. Seres humanos aprendem com suas experiências passadas. Sabemos que se repetirmos atitudes que deram errado uma vez, provavelmente fracassaremos de novo. Bebês aprendem que não podem enfiar os dedos nas tomadas quando levam choque. Até mesmo golfinhos sabem que quando acertam, ganham biscoitos. Quando erram, não ganham.

Renato é diferente. Seu ego gigantesco de ex-padeiro que deu certo na vida por ter o dom de jogar bola funciona como antolhos a esse cidadão, bloqueando qualquer possibilidade de aprendizado. O sofrimento que ele impingiu à massa tricolor no ano passado, quando nos deixou por 19 rodadas na zona de rebaixamento - até ser demitido -, exatamente por ter poupado o time titular e escalado o reserva no começo do campeonato não lhe serviu de nada. Vai "errar o mesmo erro" hoje à noite.

E as justificativas são as mais curiosas: "precisamos poupar os titulares do desgaste que é jogar duas vezes por semana". Se considerarmos que o time que entrou em campo contra o Vitória no domingo é o principal, a média de idade dos nossos titulares é de 26 anos e 10 meses. Será mesmo muito desgastante para moleques desta idade entrar em campo pra jogar bola duas vezes por semana? Será mesmo? Vale ressaltar que tanto o jogo de hoje quanto o do próximo domingo são no Maracanã, portanto nem mesmo o "desgaste" de viajar a turma vai ter.

Outra balela utilizada por nosso técnico (?) para defender sua escalação é que "poderíamos perder um jogador por lesão". Sim, é verdade. Não obstante, as lesões não são tão comuns assim, é só fazer as contas de quantos jogadores se machucaram até o momento no campeonato. Mas elas podem ocorrer num jogo. Assim como treinando também é possível que isso aconteça, haja visto o exemplo interno do Fabio Santos, e também é possível que se morra concentrado - morte mesmo, não é figura de linguagem -, assim como lamentavelmente o jovem Dani Jarque, capitão do Espanyol de Barcelona nos mostrou recentemente.

Portanto não há argumentos que suportem essa escalação esdrúxula de Renato, o Néscio Gaúcho. E se é verdade que a inépcia de Renato, o Paspalhão Gaúcho, não nos garante a derrota, pois em clássicos tudo pode acontecer, também o é que o prélio de logo mais está mais pro urubu do que pra nós. O que nos resta é torcer pra que o castigo, caso venha mesmo hoje à noite, não seja daqueles humilhantes, que tiram o sono e nos deixam envergonhados no dia seguinte.

Saudações!

sábado, 8 de agosto de 2009

Um pouco de cultura inútil

Uma nota de 50 Kina.

Atendendo ao pedido do grande amigo Bruno Henrique, um dos meus 6 fiéis leitores, vou discorrer hoje sobre um tema relevante para uma significativa parcela de nossa sociedade: a situação econômica de Papua-Nova Guiné.

Esta simpática nação, localizada na Oceania e certamente muito conhecida dos jogadores de WAR, ocupa a metade ocidental da Ilha de Nova Guiné e diversas pequenas ilhas e arquipélagos da região da Melanésia, no Oceano Pacífico. Sua única fronteira terrestre é com a Indonésia, que ocupa a outra metade da ilha, sua população supera os 6 milhões de habitantes, sua moeda é o Kina e sua capital é Port Moresby.

O PIB estimado de Papua-Nova Guiné para 2008 é de cerca de 13 bilhões de dólares, o que deixa a nação na centésima trigésima sétima colocação no ranking mundial. Nos últimos anos a economia vem crescendo a taxas de 6% ao ano, a quadragésima nona maior taxa de crescimento no mundo.

Aproximadamente três quartos da população vivem da agricultura, no entanto a propriedade da terra é, constitucionalmente, um tema controverso e regulado por um sistema complexo. O país também é rico em recursos naturais como petróleo, cobre, gás natural e ouro, mas o território montanhoso torna a exploração muito custosa e dificulta o desenvolvimento da infraestrutura. Uma grande companhia petrolífera norteamericana projeta a construção de um oleoduto e a comercialização das reservas de gás natural do país a partir de 2010. Este projeto tem potencial para dobrar o PIB papuásio.

Considero que a reforma constitucional no que tange a questão da agricultura e o desenvolvimento de mecanismos de financiamento das obras de infraestrutura são os grandes desafios econômicos enfrentados atualmente pelo primeiro ministro Michael Somare.

Curiosidades sobre Papua-Nova Guiné:
  1. O país tem um dos maiores índices pluviométricos do mundo.
  2. São três as línguas oficiais: Inglês, Hiri Motu e a mais popular, Tok Pisin. Apesar disso, mais de 860 línguas indígenas são faladas em Papua-Nova Guiné, mais de 10% das línguas conhecidas no mundo.
  3. Se você precisar ligar para alguém de lá, o código do país é 675.
  4. Lá dirige-se do lado esquerdo da rua, o que chamamos de mão inglesa.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Flu 5, Sport 1 - lanterna? Comigo não tá!

Ontem o Flu ganhou. Ganhou não, goleou. Supostamente hoje deveria ser um dia de euforia pela elasticidade do placar, mas longe disso. A posição na tabela não permite tranquilidade. Quem é tricolor doente, que nem eu, ainda tá muito preocupado.

Pra começar, o adversário não era lá essas coisas. O jogo poderia ter sido descrito como a sensacional disputa pelo 20º lugar, haja visto que era nesta posição que o Tricolor entrava em campo e o Sport era o 19º.

Com as dores na coluna fazendo aniversário e os acontecimentos das últimas semanas - derrotas humilhantes em série, contratação do Paspalhão Gaúcho imposta pelo Celso Barros, chegada de reforços do naipe de Roni, um dos piores que vi em campo com a camisa tricolor e, last but not least, volta do Branco imposta por quem?... bingo! -, resolvi me poupar e vi no pay per view. Liguei a TV aos 9 do primeiro tempo e me surpreendi com a vontade do time. Sim, porque futebol mesmo, não vi muito. Mas vi sequências de 5 passes certos, coisa que há tempos não via, e vi vontade.

O Roni até jogou bem, me surpreendendo, principalmente porque minha expectativa com ele é sempre baixa. Mas não dá pra deixar de comentar o bizarro pisão na bola no primeiro gol. E aqueles que dizem que ele depois consertou com passe pro Kieza, eu digo: é uscacete! Quem tocou na bola pro lado foi o zagueiro. Kieza correu muito e teve estrela, Conca voltou a acertar, Diogo lutou bastante e de bom foi só isso mesmo.

Veio o segundo tempo e com ele, de volta, o velho Fluminense. Football vem do inglês bola nos pés, mas o Fluminense tem uma especialidade: jogar SEM a bola nos pés. É incrível a forma como os pernas de pau tentam se livrar da bola, como se ela fosse a miquelina no Copas Fora. Além disso, o Marquinhos improvisado na canhota fez o Elder Granja lembrar o Jorginho tetracampeão nos áureos tempos. Alguns minutos de supremacia do Sport foram coroados com um gol de presente num pênalti imbecil do Wellington Monteiro e mais uns sustos logo depois. Por sorte, Diogo fez boa jogada e o Flu matou o jogo com gol do Carlos Eduardo. No fim, bela jogada do argentino e gol de calcanhar do horroroso Maicon (o que comprova que a noite foi atípica).

Bem... o resumo da ópera é o seguinte: o time é pavorosamente fraco, mas o Sport de ontem foi infinitamente pior. Precisamos de um lateral esquerdo, um zagueiro, um volante e um meia destro. Também ajudaria mandar o FH, o Diguinho, o Leandro Amaral, o João Paulo, o Dieguinho, o Wellington Monteiro e o Maicon embora.

Por fim, cabe ressaltar que o Fanfarrão deu ontem a primeira declaração adequada dos últimos 50 anos: a vitória só foi importante pra sair da lanterna; ainda falta muita coisa. Vamos torcer pra ele se comportar direitinho, pro Celso Barros parar de atrapalhar, pros adversários continuarem ajudando e pro Horcades sumir do mapa. E pr'aqueles que acreditam, rezar uns pais nossos ou acender uns charutos também deve ajudar.

Saudações Tricolores!

Crédito da foto: globoesporte.com

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Estreia

E eis que depois de aderir ao Facebook e ao Twitter, senti que precisava de mais espaço pra escrever as minhas bobagens. O Facebook certamente é um Orkut melhorado, mais interessante e interativo, com maiores possibilidades de diversão. Já o Twitter, que muitos julgam chato, me parece uma ferramenta muito bacana, obviamente se você escolher bem quem vai seguir. Acho fantástica a possibilidade de me informar sobre todos os assuntos de meu interesse de uma vez só, simplesmente entrando em twitter.com/marcosgurgels. Mas os 140 caracteres, apesar de suficientes para passar uma mensagem, não me eram bastantes para aprofundar sobre aqueles temas que me empolgam ou desiludem, porque pra esses, precisamos mesmo extravasar as emoções. E pra isso 140 caracteres não bastam.

E assim chegamos a este post, que marca a minha estreia como blogueiro. Peço perdão de antemão pelo nome infame, mas não consegui pensar em nada melhor, principalmente sem ter ainda nenhum post escrito.

Estejam sempre convidados a comentar sobre qualquer tema. O espaço está aberto.

Um abraço.