sábado, 8 de agosto de 2009

Um pouco de cultura inútil

Uma nota de 50 Kina.

Atendendo ao pedido do grande amigo Bruno Henrique, um dos meus 6 fiéis leitores, vou discorrer hoje sobre um tema relevante para uma significativa parcela de nossa sociedade: a situação econômica de Papua-Nova Guiné.

Esta simpática nação, localizada na Oceania e certamente muito conhecida dos jogadores de WAR, ocupa a metade ocidental da Ilha de Nova Guiné e diversas pequenas ilhas e arquipélagos da região da Melanésia, no Oceano Pacífico. Sua única fronteira terrestre é com a Indonésia, que ocupa a outra metade da ilha, sua população supera os 6 milhões de habitantes, sua moeda é o Kina e sua capital é Port Moresby.

O PIB estimado de Papua-Nova Guiné para 2008 é de cerca de 13 bilhões de dólares, o que deixa a nação na centésima trigésima sétima colocação no ranking mundial. Nos últimos anos a economia vem crescendo a taxas de 6% ao ano, a quadragésima nona maior taxa de crescimento no mundo.

Aproximadamente três quartos da população vivem da agricultura, no entanto a propriedade da terra é, constitucionalmente, um tema controverso e regulado por um sistema complexo. O país também é rico em recursos naturais como petróleo, cobre, gás natural e ouro, mas o território montanhoso torna a exploração muito custosa e dificulta o desenvolvimento da infraestrutura. Uma grande companhia petrolífera norteamericana projeta a construção de um oleoduto e a comercialização das reservas de gás natural do país a partir de 2010. Este projeto tem potencial para dobrar o PIB papuásio.

Considero que a reforma constitucional no que tange a questão da agricultura e o desenvolvimento de mecanismos de financiamento das obras de infraestrutura são os grandes desafios econômicos enfrentados atualmente pelo primeiro ministro Michael Somare.

Curiosidades sobre Papua-Nova Guiné:
  1. O país tem um dos maiores índices pluviométricos do mundo.
  2. São três as línguas oficiais: Inglês, Hiri Motu e a mais popular, Tok Pisin. Apesar disso, mais de 860 línguas indígenas são faladas em Papua-Nova Guiné, mais de 10% das línguas conhecidas no mundo.
  3. Se você precisar ligar para alguém de lá, o código do país é 675.
  4. Lá dirige-se do lado esquerdo da rua, o que chamamos de mão inglesa.

4 comentários:

  1. Rapaz, acredito que o primeiro ministro Somare não está preparado para liderar essa reforma constituicional, principalmente por não suportar a pressão de companhias privadas em cima do cobre das Ilhas Bouganville.

    Fora a economia, me preocupa também o fato da questão de animosidade com a Indonésia por apoiar a questão rebelde dos Irian Jaya (dissidentes do ninja jiraya)

    Deixo aqui meu voto de solidariedade com o POVO PAPUENSE!!

    ALOHA PAPUA!!! VIVA LA REVOLUCION

    Ótimo texto Gurgel, hahhaha

    BH

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  2. Nativos da ilha Bouganville fizeram um movimento separatista contra o governo de Papua Nova Guiné, chamada de Revolução dos Cocos, entre os anos de 1989 e 1998.

    A Revolução dos Cocos foi o mais sangrento conflito na região desde a Segunda Guerra Mundial, e que foi considerado o Vietnã da Austrália devido ao envolvimento do governo deste país na guerra contra os bougainvillenses.

    P.S. Eu ouvi falar que o anão que constuma ler a coluna do Agamenom também acompanha o seu blog.

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  3. http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/posts/2009/08/08/periquito-supera-humanos-em-disputa-de-investimentos-212400.asp

    cara viu essa notícia??? os papuenses são tão evoluidos economicamente que até os periquitos entendem de mercado financeiro

    BH

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  4. Pode crer, Brunão. Eu tinha visto.

    Agora, se me permite uma correção, o gentilício correto para o povo da Papua-Nova Guiné é papuásio e não papuense.

    E Marcelus, não acredsito na leitura desse anão. A minha audiência é pequena, mas muito qualificada!!!

    Abraços!

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